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O Melhor de Todos – Por Jose Rubens Cagnin

9 de agosto de 2010

O Melhor de Todos – Por Jose Rubens Cagnin

Apaixonado pelo futebol e apelidado pelos meus companheiros da BFA de “Véinho”, gostaria de falar um pouco do maior jogador de futebol de todos os tempos. Saber quem é ele é fácil, Pelé. A história dele, todo brasileiro e o mundo inteiro conhece ,o legal é ter tido a oportunidade e o privilégio de ter visto o “Rei” jogar.
Antes de contar algumas passagens, uma pequena explicação: Acompanho futebol desde que eu me conheço por gente, pelo rádio e pela televisão, mas somente comecei a frequentar estádios de futebol com 5 anos de idade. O primeiro time que vi jogar no estádio foi o Palmeiras, meu time do coração, em 1962. O palmeiras jogou bem e venceu. Já torcia pelo Palmeiras quando entrei no estádio, mas saí dele totalmente Palestrino. Aliás, naquele tempo, o único time paulista que encarava o Santos de Pelé era o Palmeiras.
Voltando ao “Rei”, todo e qualquer amante do futebol adorava ver o Santos jogar, menos contra seu próprio time. Era uma festa, uma vitória atrás da outra! Acho que a única torcida que não gostava mesmo do Pelé era a do Corínthians, pois havia um grande tabu na época que envolvia esses dois times. O Santos ficou 11 anos sem perder para o Timão e eu acompanhei mais ou menos 6 anos desse tabu.
Eu e meu pai fomos em vários jogos entre eles e me recordo de muitos desses jogos. Era pura diversão!!! Palmeirense adora ver o Timão perder até os dias de hoje…
Quando Pelé entrava em campo, o lado corintiano vaiava, xingava o “Negão” de tudo o que se pode imaginar.
Pelé nem ligava.
Muitas vezes o Corinthians abria o marcador e o “Rei” só olhava a comemoração da Fiel, já com a bola no círculo central para dar nova saída. Uma vez, vi ele mostrar a palma da mão para a galera corintiana como dizendo “ME AGUARDEM”!!!
E não dava outra: em tabelas espetaculares do ataque santista, de falta, de pênalti, de cabeça, de arrancadas desde o meio de campo onde driblava todo o time do Corinthians, era batata, bola na rede…
Se o defensor tentasse tirar a bola dele pelo lado direito, ele colocava a bola no pé esquerdo e um abraço. Se tentasse tirar pelo lado esquerdo, bola no pé direito e outro abraço. Sem perder a velocidade e sempre em linha reta em direção ao gol, só dava “Ele”.
Gol de Pelé, Gol do Rei, virada santista com gol do “Craque Café”, massacre santista com gols de Pelé, isso acontecia na maioria dos os jogos contra o Timão e olha que em várias ocasiões o Corínthians jogava muito, mas nunca o suficiente para vencer o Santos. O Pelé sabia tudo!!! Chutava com a mesma potência, tanto com a perna direita, como com a perna esquerda. Subia mais alto que muito beque grandalhão e testava com maior naturalidade. Dribles fantásticos, “caneta” de monte. Falta e penais sempre batia com a direita, quanta categoria!!!
Dava até dó dos goleiros adversários, apesar que, do goleiro do Corínthians, eu nunca tive dó.
Mas, infelizmente, não era só o Corinthians que sofria com o “Rei”.
Houve um Palmeiras e Santos no Parque Antártica, num domingo pela manhã, em que fui todo animado com meu pai, que, lógico, também era palmeirense.
Estádio lotado, times fortes, começa a partida: menos de dez minutos, Tupãzinho de falta, Palmeiras 1 a 0.
Pensei, “hoje vamos ganhar fácil”!
Final do primeiro tempo, Palmeiras 1 x 2 Santos. Voltamos para casa antes do segundo tempo começar. Final Palmeiras 1 x 4 Santos, com direito a um gol “dele”. O Santos, e mais precisamente o Pelé do Santos, eram assim. Em poucos minutos mudavam o jogo.
Vi muitas partidas memoráveis de Pelé…
Quando hoje em dia um time brasileiro chega em uma final de Libertadores da América ou do Mundial Interclubes, vejo os narradores dizerem que o tal time hoje é Brasil!!! Conversa mole, tirando os torcedores do time, o resto torce contra. No tempo em que o Santos disputava finais de Libertadores e Mundiais, tirando, tenho certeza, os torcedores do Corínthians, todo o resto do Brasil torcia pelo Pelé e, automaticamente, pelo Santos. Tanto que o Santos disputava esse tipo de final, quando o jogo era no Brasil, no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro e lotava com todo o público torcendo pelo “Rei”.
Jogando pelo mundo, ”Ele” provocou até trégua em um país da África que estava em conflito, para que todos tivessem a oportunidade de vê-lo jogar. Senhores, o cara era abençoado!!!
Em suma, vi vários craques jogando futebol, tanto brasileiros como estrangeiros, mas como Pelé nunca. Ele sempre foi e sempre será, “O Melhor de Todos”!!!
José Rubens Cagnin é botonista da BFA e viu Heleno de Freitas jogar